"Um por todos, e todos por um!"

A frase acima, imortalizada pela obra "Os Três Mosqueteiros", de Alexandre Dumas, ilustra uma das possibilidades que se expande com o uso de recursos hipertextuais: a autoria coletiva. É, isso mesmo, um texto composto a quatro mãos ou, no caso da literatura online, vinte dedos!

A Feira do Livro de Porto Alegre, por exemplo, promove há alguns anos concursos literários que buscam uma aproximação com a linguagem da internet. "Eu conto.com/alguém" é uma das categorias, justamente uma proposta de autoria coletiva: a cada dia, um autor consagrado começa uma história que será continuada pelos visitantes da Feira, através de um terminal montado no local. Cada pessoa que vai lá lê o que foi escrito antes e dá seguimento à história. Cabe ao autor consagrado bolar um desfecho ao fim do dia.

Projetos como esse, só que permanentes, proliferam na internet. Isso se dá principalmente em função do uso da tecnologia wiki, que permite que várias pessoas postem e editem textos em um único espaço.

A maior divulgação literária proporcionada pela internet pode ser uma das razões para o surgimento desses projetos de autoria coletiva. Muitos sites sobre literatura foram e vêm sendo lançados, permitindo o acesso a textos que, por via impressa, teriam mais dificuldade de chegar ao leitor. Trata-se de um incentivo a leitura e, em conseqüência, da escrita. É o caso do Jornal da Poesia e do Bestiário, exemplos de revistas eletrôncias que divulgam obras consagradas da literatura ao lado de trabalhos de quem está dando os primeiros passos na área.

Alguns exemplos de sites coletivos:
CityThreads
Selma
Writers Workshop
WWW Collaboration Projects

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